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Gazeta do Povo/PR

Gazeta do Povo, 08.02.2010

Coronel vai à Justiça contra ação do MST
Área de militar, acusado de liderar milícias armadas para combater sem-terra, está ocupada desde o sábado

MARIA GIZELE DA SILVA, DA SUCURSAL

Ponta Grossa - O tenente-coronel reformado da Polícia Militar Waldir Copetti Neves entrou ontem com um pedido judicial de reintegração de posse da Fazenda São Francisco II, localizada no município de Ponta Grossa. A área, reivindicada por ele, está ocupada por 200 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra desde o sábado. A propriedade da terra é discutida. Segundo os sem-terra, a área pertence à Empresa Brasileira de Pesquisas Agro pecuárias (Embrapa).
O advogado de Copetti, Carlos Eduardo Martins Biazetto, afirma que a área é de seu cliente e pretende conseguir liminar para retirar os ocupantes do local o mais cedo possível. A Polícia Militar, que por enquanto atua apenas para evitar confrontos entre os seguranças da fazenda e os sem-terra, diz que só fará a retirada dos ocupantes caso receba ordem da Justiça.
A área, de 33 alqueires, foi tomada no sábado de madrugada pelos sem-terra. Segundo a Polícia Militar, não havia risco de conflito ontem, mas o tenente-coronel da reserva passou o domingo instalado na divisa da ocupação, sob um guarda-sol. Segundo Vanda de Assis, representante do MST, o ex-policial vigiava os passos dos sem-terra. Biazetto diz que a presença de seu cliente é perfeitamente normal. “A área é dele, ele está lá”, diz.

De acordo com Vanda, as famílias estão chegando ao local para instalar seus barracos. A ocupação, segundo ela, é por tempo indeterminado
A fazenda foi arrendada para a produção de soja, feijão e milho. O arrendatário, Elmir José Groff, diz que ainda não calculou os prejuízos caso perca a produção. “Eu acredito na Justiça e nesse caso espero que ela aconteça”, disse. Segundo Vanda, a intenção dos sem-terra é esperar a colheita dos grãos, destiná-la à Embrapa e iniciar a preparação da terra dentro do conceito agroecológico.

A ocupação registrada no sábado foi a terceira na área em cinco anos. Junto com a São Francisco I, a área foi invadida em agosto de 2005 e em maio de 2007 sob a mesma alegação: a suposta grilagem de Copetti Neves nas terras da União. Nas ocasiões anteriores, a Justiça ordenou a retirada dos sem-terra.
A rivalidade entre o MST e Ne ves vem desde esse período. O ex-policial é acusado de comandar um grupo de milícias criado para enfrentar sem-terra. Neves foi condenado pela Justiça Federal, em dezembro do ano passado, a 18 anos e 8 meses de prisão, perda do posto na corporação e multa de R$ 20 mil. Mas como a decisão foi em primeira instância, ele recorre da sentença em liberdade.
Gazeta do Povo, 07.02.2010

MST volta a ocupar área de ex-coronel
Duzentas pessoas entraram em propriedade de 33 alqueires alegando que fazenda pertence à Embrapa e que foi grilada por militar

MARIA GIZELE DA SILVA, DA SUCURSAL

Pela terceira vez em cinco anos, integrantes do Movimento dos Tra balhadores Rurais Sem-Terra (MST) voltaram a invadir área do tenente-coronel da reserva Valdir Copetti Neves na zona rural de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. A fazenda está arrendada para o plantio de grãos, mas segundo o movimento, pertence à Empresa Brasileira de Pesquisa Agrope
cuária (Embrapa) e foi grilada pelo ex-policial. A Polícia Militar aguarda decisão judicial para retirar os invasores.

A ocupação começou às 5 horas de sábado, quando cerca de 200 pessoas do MST, com bandeiras e facões chegaram à sede da propriedade, ocupada por caseiros. Eles deixaram o local enquanto os militantes fincaram bandeiras. Uma hora e meia depois, o coronel da reserva chegou à propriedade acompanhado de oito seguranças. Segundo a militante Vanda de Assis, o grupo disparou tiros para o alto, mas ninguém foi atingido.

Polícia
O caseiro Jair Nogueira afirmou que ninguém do MST estava armado e que não houve violência. Entre os invasores havia crianças de colo e idosos. “Quando a polícia chegou, porque nós a chamamos, os jagunços mocaram as armas”, disse Vanda. A polícia informou que recebeu chamados tanto do MST quanto do ex-coronel.
Familiares de Neves e o arrendatário da área, Elmir José Groff, permaneceram no local, a menos de 10 metros dos militantes do MST. Neves se ausentou e negociava com o comando da operação apenas por telefone. Para evitar conflitos, o comandante da operação, major Marcos Lins Condolo, isolou a área. Os parentes do ex-coronel deixaram a área, sob protestos, enquanto os sem-terra fixaram bandeiras nas entradas. “Cadê a Constituição, cadê o Ministério Público que não está vendo isso?”, questionava, aos prantos, a filha do ex-policial, Rafaela Abib Neves.
Ela argumentava com a polícia que a área deveria ter sido desocupada imediatamente após a invasão, porque ainda não havia acampamento montado. Já o major informava que, nesse caso, o direito à vida prevalece sobre o direito à propriedade. “A retirada pode gerar um ônus social muito mais importante”, explicava.
A área, chamada de São Francisco II, já foi ocupada em agosto de 2005 e em maio de 2007. Nas duas ocasiões, Neves conseguiu a reintegração judicial. Conforme os militantes do MST, a área do São Francisco II foi desocupada irregularmente em 2007, já que a ordem de reintegração se referia à área do São Francisco I, que fica nas proximidades.

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