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MH2O é a maior organização de Hip Hop do País. Atua em 14 estados e em cinco deles mantém intervenção econômica,de incluzão social,geração de renda,emprendedorismo,cultura, Foi fundado em 1989.Esta há 4 anos no Paraná,com sede em Piraquara no intuito de desenvolve atividades junto com os elementos do hip-hop ,trabalhando,resistindo e lutando para fortalecer o cenário do movimento social e cultural de Curitiba,região metropolitna,no estado do Paraná,e algumas cidades e estados Brasileiros,sempre com objetivo de trabalhar com o hip-hop conciente e transformador da nossa sociedade buscando melhores condições de vida e opurtunidades ao nosso povo. ."Se você é capaz de se indignar cada vez que uma injustiça é cometida no mundo,então somos companheiros é o que importa" Chê

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Haiti,onde está Minustah???.......

13 Janeiro de 2010
A noite de ontem foi a coisa mais extraordinária de minha vida. Deitado do
lado de fora da casa onde estamos
 hospedados, ao som das cantorias religiosas que tomaram lugar nas ruas ao
redor e banhado por um estrelado e
 maravilhoso céu caribenho, imagens iam e vinham. No entanto, não escrevo
este pequeno texto para alimentar a
 avidez sádica de um mundo já farto de imagens de sofrimento.
O que presenciamos ontem no Haiti foi muito mais do que um forte
terremoto. Foi a destruição do centro de um país
 sempre renegado pelo mundo. Foi o resultado de intervenções, massacres e
ocupações que sempre tentaram
 calar a primeira república negra do mundo. Os haitianos pagam diariamente
por esta ousadia.
O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas
feitas de areia, a falta de hospitais, a
 falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a
presença de milhares de militares de todo
 mundo?
A ONU gasta  meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste
de guerra. Ontem pela manhã estivemos no
 BRABATT, o principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado
sobre o interesse militar brasileiro na
 ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida,
serve de laboratório (exatamente,
 laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas
favelas cariocas. Infelizmente isto é o
 melhor que podemos fazer a este país.
Hoje, dia 13 de janeiro, o povo haitiano está se perguntando mais do que
nunca: onde está a Minustah quando
 precisamos dela?
Posso responder a esta pergunta: a Minustah está removendo os escombros
dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos
 hóspedes estrangeiros.
Longe de mim ser contra qualquer medida nesse sentido, mesmo porque, por
sermos estrangeiros e brancos, também
 poderíamos necessitar de qualquer apoio que pudesse vir da Minustah.
A realidade, no entanto, já nos mostra o desfecho dessa tragédia – o povo
haitiano será o último a ser atendido, e se possível. O que vimos pela
cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados.
A polícia haitiana, frágil e pequena, já está cumprindo muito bem seu
papel – resguardar supermercados destruídos
 de uma população pobre e faminta. Como de praxe, colocando a propriedade
na frente da humanidade.
Me incomoda a ânsia por tragédias da mídia brasileira e internacional.
Acho louvável a postura de nossa fotógrafa
 de não sair às ruas de Porto Príncipe para fotografar coisas destruídas e
pessoas mortas. Acredito que nenhum de
 nós gostaria de compartilhar, um pouco que seja, o que passamos ontem.
Infelizmente precisamos de mais uma calamidade para notarmos a existência
do Haiti. Para nós, que estamos
 aqui, a ligação com esse povo e esse país será agora ainda mais difícil
de ser quebrada.
Espero que todos os que estão acompanhando o desenrolar desta tragédia
também se atentem, antes tarde do que
 nunca, para este pequeno povo nesta pequena metade de ilha que deu a luz
a uma criatividade, uma vontade de viver e uma luta tão invejáveis.
 Otávio Calegari Jorge (IFCH/UNICAMP)

HAITI E COPENHAGUE

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
Os fenômenos se repetem e se multiplicam com uma força cada vez mais devastadora: inundações, furacões, tempestades avassaladoras, terremotos, frio e calor extremos, chuvas em excesso, nevascas, deslizamentos de terra... São ocorrências que, nas últimas  décadas, ganham páginas e páginas dos jornais e espaço na mídia em geral. “O mundo está dos avessos”, diria o povo; “sinais dos tempos”, diria a teologia de inspiração cristã. Cabe a pergunta: trata-se de catástrofes naturais ou de reações violentas da natureza à ação humana igualmente violenta sobre ela?
O fato é que as vítimas contam-se aos milhares e milhões. Mortos, feridos, mutilados, desabrigados, famílias e casas reduzidas a escombros, cidades e campos devastados, países inteiros tomados pelo sofrimento. Na mesma proporção das catástrofes, aumentam também os chamados “refugiados climáticos”, um novo rosto cada vez mais presente e numeroso no campo da mobilidade humana. Sós, perdidos e sem pátria, para onde fugir? Onde se refugiar?

No momento é o Haiti que se encontra conflagrado pelo terremoto ocorrido no dia 12 de janeiro pp. Felizmente a solidariedade mundial, realizada por pessoas, entidades e nações, volta o olhar para esse pequeno e pobre país do Caribe. Como manter de pé a dignidade humana de cada um de seus habitantes? Como resgatar a memória histórica de luta e resistência de seu povo? Como reconstruir o país, antes tão frágil e agora praticamente devastado?
Vale aqui sublinhar o gesto da Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e que, apesar da dor, da perda e da separação dolorosas, colheu uma morte gloriosa, em plena fronteira de sua incansável campanha, mártir da solidariedade para com os pobres. O martírio em Porto Príncipe , capital do país mais pobre das Américas, lhe confere, sem dúvida, uma coroa de amor e doação que salvou a vida de milhares de crianças pelo Brasil e outros países do mundo.
Os gestos, porém, devem acompanhar a grandeza das catástrofes. E aqui é fundamental o papel das agências, das autoridades, dos religiosos, dos cientistas e dos políticos nacionais e internacionais. A ONU, o FMI, o G8 ou G20, os fóruns econômicos e sociais, e outras instâncias do gênero, necessitam com urgência repensar o modelo sócio-econômico e político de exploração dos recursos naturais. É loucura exigir da terra um ritmo que ela não tem capacidade de suportar, afirmam hoje estudiosos do meio ambiente, filósofos, movimentos ecológicos e até a população nas ruas. A herança do iluminismo racional e da Revolução Industrial e Tecnológica desencadeou uma trajetória sob todos os aspectos irracional. Trajetória egoística, marcada pelo individualismo exacerbado da filosofia neoliberal, que pensa apenas no conforto máximo da geração atual.

Claro que não podemos, sem mais, atribuir o tremor de terra do Haiti à política econômica. As coisas não são tão simples e mecânicas. Mas permanece de pé o fato de que é ilícito, imoral e ilegítimo devastar o planeta para garantir o padrão de vida das minorias ricas e privilegiadas, em detrimento das maiorias marginais. Estas acabam vivendo em condições tão precárias que qualquer tipo de catástrofe ganha proporções bem mais trágicas e avassaladoras. Os abalos sísmicos podem ser inevitáveis, mas suas conseqüências poderiam ser melhor controladas, se a nação atingida dispusesse dos serviços minimamente indispensáveis.

Daí que as catástrofes se tornam, ao mesmo tempo, climáticas, políticas, econômicas, culturais e sociais. Tendem sempre a dizimar os setores mais desfavorecidos, abandonados e indefesos da população. Nesta perspectiva, riqueza e pobreza constituem não dois estágios de desenvolvimento, mas duas faces da mesma moeda. Uma é fonte e causa da outra. O acúmulo de um lado se dá à custa da miséria do outro.
O círculo vicioso do produtivismo e consumismo, do crescimento a qualquer preço, bem como o cassino mundial da especulação financeira, devem ser combatidos com todas as forças. A paranóia do crescimento como panacéia para todos os males deve ser substituída, de um lado, por uma política ampla e internacional de melhor distribuição da renda e dos benefícios do progresso. De outro lado, torna-se urgente desenvolver uma convivência justa, solidária e sustentável com o planeta e com todas as formas de vida, a biodiversidade. Só assim, populações como as do Haiti, de vários países caribenhos, africanos, asiáticos e latino-americanos estariam protegidos contra o furor mortífero de determinadas tragédias. É neste sentido que não é exagero estabelecer uma ligação, embora complexa, entre Haiti e Copenhague.
Leia e divulgue o texto feito  por pesquisadores da Unicamp no Haiti,
divulgado no blog:
 http://lacitadelle. wordpress. com/

Campanha Stop the Wall,Acabem com o Muro, Jamal Juma

Jamal Juma, da campanha Stop the Wall, em prisão israelita                                           22-12-2009

Jamal Juma, coordenador da campanha Stop The Wall [Acabem com o Muro] foi preso pelas autoridades israelitas em 16 de Dezembro. Esta recente prisão é mais uma escalada no ataque de Israel contra os defensores dos direitos humanos na Palestina. Por StopTheWall. org


 A segurança de Israel começou por convocar Juma para interrogatório à meia-noite de 15 de dezembro. Horas depois, trouxeram-no de volta à sua casa. Juma foi mantido algemado enquanto os soldados revistaram a sua casa durante duas horas, enquanto a esposa e os três filhos pequenos observavam impotentes. As palavras de despedida dos soldados foram dirigidas à sua mulher: que só voltaria a ver o marido quando houvesse uma troca de prisioneiros. Desde então, Juma tem estado preso, e proibido de falar com um advogado ou com a família, sem nenhuma explicação para a sua prisão.




Jamal Juma de 47 anos, nasceu em Jerusalém e dedicou a sua vida à defesa dos direitos humanos dos palestinianos. O foco principal de seu trabalho é a capacitação das comunidades locais para defenderem os seus direitos humanos em face de violações provocadas pela ocupação. Ele é um membro fundador de várias ONGs palestinianas e redes da sociedade civil. Juma é coordenador da Palestina Grassroots Anti-Apartheid Wall Campaign desde 2002. É muito respeitado pelo seu trabalho e foi convidado para numerosas conferências de associações e da ONU. Os seus artigos e entrevistas são amplamente divulgados e sua obra foi traduzida em várias línguas. Sendo uma personalidade de grande visibilidade, Juma nunca tentou esconder ou disfarçar as suas atividades

O Muro do Apartheid anexa e destrói grandes quantidades de terras palestinianas.




Jamal Juma é o preso de mais alto escalão no quadro de uma campanha de intensificação da repressão da mobilização popular contra o muro e os colonatos. Tendo começado por prender apenas ativistas locais das aldeias afectadas pela parede, as autoridades israelitas reorientaram- se recentemente para a detenção de defensores dos direitos humanos internacionalmente conhecidos, como Mohammad Othman e Abu Abdallah Rahmeh. Mohammad, um outro membro da campanha Stop the Wall, foi preso há quase três meses, no regresso de uma digressão de palestras na Noruega. Após dois meses de interrogatório, as autoridades israelitas ainda não conseguiram encontrar provas para acusar Mohammad e, por isso, emitiram uma ordem de detenção administrativa, de modo a evitar a sua libertação. Abdallah Abu Rahma, uma figura importante na luta não violenta contra o muro em Bil’in, foi levado de sua casa por soldados encapuzados no meio da noite, uma semana antes de Jamal ter sido preso.
Com estas detenções, Israel pretende quebrar a sociedade civil palestiniana e sua influência na tomada de decisões políticas a nível nacional e internacional. Este processo claramente criminaliza o trabalho dos defensores dos direitos humanos palestinos e a desobediência civil palestiniana.











Logotipo da campanha Stop The Wall (Acabem com o Muro).

É crucial que a sociedade civil internacional se oponha às tentativas israelitas de criminalizar defensores de direitos humanos que lutam contra o muro. A política de Israel de atacar os organizadores que apelam à responsabilização de Israel é um desafio directo às decisões dos governos e organismos mundiais como o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para responsabilizar Israel pelas violações do direito internacional. Este desafio não deve ficar sem resposta.
[*] Original em stopthewall. org, traduzido do inglês por Passa Palavra



Lucas R.
Blog do FOPS:
 www.fopspr.wordpres s.com